Marcas que geram saudades
É possível alguém sentir saudade de uma marca? De acordo com o estudo da consultoria de branding Why desenvolvido em parceria com a Bridge Research, durante a pandemia, os consumidores não só sentiram saudades das empresas, como também de hábitos e experiências.
Quais são os segmentos das marcas que mais deixam saudade?
Em um primeiro recorte, a pesquisa perguntou sobre os segmentos que as pessoas sentem mais falta e constatou que, em uma grande diversidade de respostas e certa pulverização, há concentração de respostas essencialmente em dois segmentos:
- restaurantes, apontado por 22% dos entrevistados; e
- moda, por 13%.
Quando questionados sobre as empresas que mais sentem falta, em ambos aparecem: Burger King, McDonald’s, Outback e Subway, Zara, Riachuelo, Nike, Adidas e Renner. O ranking das 10 empresas que mais deixaram saudades estão Renner, Samsung, Cinemark, Burger King, Riachuelo, Nike, McDonald’s, Zara, Adidas e Americanas.
A relação das marcas com o hábito de consumo
O estudo mostra maior fidelidade dos consumidores a seus hábitos de marcas. Apenas 27% disseram que começaram a usar novas marcas, e 73% afirmaram que não usaram nenhuma nova no período. Entre as que conquistaram espaço na mente e coração dos consumidores estão: iFood, Amazon, Magalu, Nike e Nivea.
O principal motivo apontado pelos consumidores é que essas marcas resolviam algo do cotidiano. Quando o recorte é marcas associadas a autoestima, durante este período, aparecem: Adidas, O Boticário, Dafiti, Mary Kay, Natura, Nike, Nivea, Riachuelo, Ruby Rose, Skala e Vult.
Por fim, o estudo também quis saber onde as pessoas descobriram novas marcas durante a pandemia. Amigos e familiares aparecem com 47% das menções. Em seguida, estão:
- propaganda em sites (39%);
- Instagram (33%);
- propaganda na TV (14%);
- Facebook (13%);
- Mídia Out of Home (OOH) (12%);
- e-mail marketing (9%);
- WhatsApp (9%); e
- SMS (2%).
Rodrigo Levenzon, cofundador da Why, reforça a importância do vínculo emocional entre marcas e pessoas. “As marcas devem compreender a importância que têm no âmbito emocional e valorizar isso em sua comunicação, mas principalmente refletindo: como podem criar serviços e experiências que diminuam essa sensação de saudade e criem um sentimento de reencontro com seus fãs”.
Rodrigo observa que as marcas aceleradas pelo isolamento têm o desafio de manter relevância depois que tudo isso passar. “E para isso, a recomendação é muito clara: centralidade no cliente. Ou seja: experiências, produtos e serviços que realmente resolvam dores, sejam funcionais ou emocionais. As marcas devem investir no processo de entender personas, mapear jornadas emocionais e desenhar soluções que sejam úteis para os consumidores”.