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Diversidade e inclusão em ESG: necessidades das PCDs como gatilho para inovação

O ESG tem sido um tema relevante para avaliar o desempenho das empresas em questões ambientais, sociais e de governança. Entretanto, ela também está relacionada com diversidade e inclusão. 

Em uma pesquisa realizada recentemente em parceria com o Instituto Capitalismo Consciente Brasil, na visão dos empresários, o significado do “S” da sigla é: Igualdade, Diversidade e Inclusão. E ainda, 80% deles consideram a contribuição para a sociedade e meio ambiente um dos principais benefícios da implantação das práticas ESG em suas empresas.

Neste post, vamos abordar a importância da inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência (PCDs) no mercado consumidor em diferentes cenários. Continue lendo para entender melhor os desafios nesse contexto!

Inclusão como um pilar do ESG

No contexto das PCDs, garantir a acessibilidade transcende o espaço físico. É também garantir que sites, aplicativos e plataformas digitais sejam projetadas com o mesmo cuidado e atenção que as instalações físicas. 

E não somente isso. É incluir diferentes perspectivas no processo de desenvolvimento de novos produtos ou serviços. As pessoas com deficiência desempenham um papel fundamental no processo de inovação ao trazer perspectivas únicas e valiosas para o desenvolvimento de soluções que atendam às suas necessidades específicas. 

A inovação no contexto das PCDs envolve novas tecnologias assistivas, produtos e serviços que melhorem a acessibilidade e a inclusão em diversas áreas. Mas, para o processo ser genuinamente inclusivo, elas devem fazer parte de todas as fases, como co-criadores, desde a concepção até a implementação/testes das novas soluções. 

O mercado de consumo e a representatividade

Estudos indicam que as pessoas com deficiência representam um número significativo do mercado de consumo global, estimado em cerca de 8 trilhões de dólares em todo o mundo. No Brasil, segundo o IBGE, cerca de 24% da população têm alguma deficiência.

Para a pesquisa de mercado não é diferente do que seria em qualquer outro segmento. Em um estudo realizado recentemente, 59% das PCDs seguem empresas nas redes sociais por se sentirem representados e 31% deles deixariam de seguir empresas por falta de representatividade.

Inclusive, aqui na HSR já temos um piloto para aplicação de pesquisas em libras.

Fica aqui a reflexão. De que forma estamos incluindo este público nas pesquisas que realizamos? De que forma estamos preparados para aplicarmos pesquisas que sejam inclusivas para que todos possam respondê-las?

Estes questionamentos são apenas alguns dos desafios que precisamos superar para realmente trazer representatividade e acessibilidade para PCDs. Continue lendo para entender desafios de pessoas com deficiência em diferentes contextos!

Desafios de acessibilidade para PCDs em diferentes setores

Sob a perspectiva das PCDs, dados de uma pesquisa por nós realizada, releva os principais desafios em:

Supermercados

  • 60% filas do caixa;
  • 31% atendimento;
  • 25% escolha dos produtos;
  • estacionamento e circulação empatam com 22%, em cada. 

Varejo de moda

  • 51% atendimento;
  • 47% filas preferenciais;
  • 35% acesso ao provador;
  • 31% escolha de roupas.

Agências bancárias

  • 73% fila e atendimento do caixa;
  • 48% portas giratórias;
  • 27% estacionamento;
  • 26% atendimento do gerente;
  • 25% acesso à agência;
  • 16% caixa eletrônico;
  • 12% circulação interna.

Pesquisa Game Brasil (PGB)

  • 29% afirmam utilizar alguma função de acessibilidade nos jogos;
  • 9,9% possuem algum tipo de deficiência motora, visual, genética, cognitiva, auditiva ou outros, que limita seu consumo de jogos.

Após refletir sobre os desafios enfrentados pelas PCDs e a importância da inclusão e acessibilidade, devemos ampliar o alcance dessas discussões. Compartilhe este post com alguém que se interessa por inclusão e acessibilidade, e juntos podemos promover uma sociedade mais igualitária e acolhedora.