O poder das embalagens

O poder das embalagens: nossa pesquisa mostra o que elas precisam exibir para cativar consumidores de produtos funcionais.

No supermercado, o consumidor dá mais valor à indulgência, se voltando apenas para os produtos notoriamente gostosos, que dão muito prazer, ou prefere alimentos funcionais, que oferecem redução de substâncias menos saudáveis e acréscimo das que prometem vitalidade e desempenho? E, na hora dessa escolha, a embalagem e

claims exercem alguma influência ou existem outros fatores que levam até a caixa registradora?

Temas de destaque no estudo “Da Indiferença à Paixão: a Jornada do Engajamento através das Gerações”, alimentação funcional e saudável são uma categoria ampla e com um grande leque de possibilidades para a indústria. A HSR identificou que o assunto gera não só interesse, mas alto engajamento, especialmente nas Gerações X e Y. E mesmo com a alimentação funcional e saudável em alta, a indulgência não perde seu lugar: 40% dos respondentes concordam que o mais importante na alimentação é comer coisas que gostam, que dão prazer.

No lugar de apresentar aos entrevistados marcas e opões já existentes no mercado, a HSR criou, por meio de recursos de Inteligência Artificial, a marca CHOCOHEART®, com foco em alimentação saudável dentro de uma categoria super indulgente: chocolates. Em seguida, desenvolveu três embalagens, com diferentes propostas e claims, para medir a reação de diferentes gerações.

A primeira opção apelava para a indulgência e ressaltava o prazer de se comer chocolate. As outras duas destacavam as funcionalidades do produto: uma em nível mais básico, mencionando a redução de açúcar e gordura, e a outra de forma mais avançada, destacando o acréscimo de whey protein e creatina. Por fim, os especialistas da HSR aplicaram a PACK IMPACT® e a BLINK.AI®, metodologias proprietárias, e a última ancorada na IA, para avaliar o potencial de atratividade e a capacidade de comunicação das três embalagens desenvolvidas. As soluções mediram como as embalagens criadas captam a atenção dos consumidores e transmitem os principais benefícios e características dos produtos. Mesmo sem conhecer a marca, 1/4 comprou itens CHOCOHEART® no nosso exercício de performance de gôndola.

Geração X compra 33% mais chocolate funcional

Os produtos “indulgente” e funcional, com adição de whey protein e creatina, foram os que mais fizeram sucesso, sendo que o último apresentou resultado de compra 33% maior na geração X. O resultado mostrou também que a alimentação funcional gera engajamento principalmente entre as gerações X (42-60 anos) e Y (26-41 anos), sendo que a primeira se importa menos com a indulgência e foca mais nas promessas de funcionalidade.

A geração Z (12-25 anos – para a pesquisa, só foram pesquisados os acima de 18 anos) busca nos alimentos funcionais vitalidade e millenials navegam entre extremos: se dividem entre o prazer dos alimentos tradicionais e o desempenho prometido pelos funcionais. Outro dado que chamou a atenção é que mesmo com o apelo funcional, os aspectos de indulgência das embalagens mobilizam os consumidores, gerando oportunidades para a indústria.

A pesquisa também mostrou que não basta falar de redução de açúcar ou gordura. Para engajar, é preciso apresentar benefícios concretos dos ingredientes adicionados. Falar do sabor também é fundamental para as marcas.

As empresas têm boas oportunidades para desenharem estratégias de mercado, experiências e comunicação mais personalizadas e, portanto, mais autênticas e efetivas com a análise de engajamento. Descobrir quais os gatilhos que mobilizam o consumidor é ouro em um mundo saturado de ofertas e informações. No campo dos alimentos funcionais, ficou claro que é preciso trazer o ‘ingrediente da moda’, além de benefícios mensuráveis.

Baixe o estudo completo: https://conteudo.hsr.specialistresearchers.com.br/pesquisa-da-indiferenca-a-paixao